Minha opinião não importa mais. O que penso ou sinto sobre aquilo é um momento de um coletivo maior, ao qual construo e que me constrói. Sei que estou mais ou menos cristalizado, na personalidade que tenho, nos que me são importantes e nos meus objetivos. Mas mesmo essa cristalização é reflexo do movimento maior que é a sociedade, o mundo e o resto do universo. Não achei respostas sobre as coisas mais insignificantes, agora sei, porque fiz as perguntas para as pessoas erradas e do jeito errado. Não quero entender o indivíduo, a psicologia resultante de cada um, fruto de seja o que for; entender a sociedade como um tipo de organismo dentro de um maior, afim de entender seus momentos (as pessoas, as pedras, o ar), é a maneira de entender nosso comportamento individual.
Consequentemente, pessoalmente, me percebo com ainda mais serenidade frente aos últimos tristes acontecimentos. Porque foi muito bonito e para quem perguntar a respeito só terei palavras bonitas. Começar, terminar, não passam de processos parecidos aos que existem durante uma relação. Terminar e começar sempre foi traumatico pra mim, pro melhor e pro pior. Não quero que seja mais.
Preciso responder uma coisa: não sou um grande potencial sendo desperdiçado e quem pensa assim, em algum momento, tem que perceber a efemeridade de uma opinião dessas. Tanto porque ninguém conhece ninguém em um ano, quanto mais seis meses, como porque julgar o outro é tão fácil quanto presunçoso.
Desejo pra ti o que tivemos no melhor dos nossos momentos, todo dia, pra sempre.