14:45 | Author: M.
Percebi de longe seus cabelos louros, louríssimos - quase - brancos. O sol dava a impressão de irrealidade em torno dela e de seus fios pálidos. As unhas vermelhas brigavam com as mãos levemente suadas e gélidas.
Quando nos tocamos, foi tudo poesia. O negativo de mim. Sem cor, a refletora de todas as luzes.
Eu acordei para um desejo que me constituía, despertei sedenta de uma anemia aguda e fértil, uma fraqueza que permite a circulação do sangue. Faz pulsar, antes um coração frágil, mas atento.
Retorno, cheia de ócio. Energia fervento, inquietando o que nunca foi estático. As bobagens são assunto, o dia. Haja lábios para morder, unhas para limar, tempo pra se perder.
Muito tempo para as mãos.
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1 comentários:

On 1 de junho de 2009 às 18:36 , -B. disse...

É, só percebi isso depois que fiz o comentário. Pura Leseira.

É, estou de volta, so pra matar o tempo que insiste em me pertubar. Se quiser me acompanhar... :)