06:31 | Author: M.
Ela partiu de uma solidão torpe para os braços gentis das identificações. Solidificou-se, quase atenta aos movimentos circulares do afeto.
É Natal! É Natal!

Ela pensando em sexo.
É Natal!

Ela pensando em morte.
É Natal!

Ela pensando em filhos.
É Natal!

Ela pensando... E ainda é Natal...

Qualquer coisa que se faça, qualquer coisa que se sinta, que se pense, que se coma, que se vomite, que se entristeça... Será sempre... Enfim, o famigerado Natal.
Nunca entendeu o sentido da vida que nos foi dado por aquele que morreu (por nós?). Deus nos fez um favor, crucificando seu único filho. Agora estamos salvos da ira divina.
Estamos salvos! É Natal!

O sangue ainda ardia.
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4 comentários:

On 11 de dezembro de 2009 às 08:20 , moça disse...

E o povo pensando o que vou dá ou ganhar.
É natal!
E hoje a morte, do seu único filho, serve para alimentar ainda mais o capitalismo, talvez ele sirva para muitas pessoas fugirem do verdadeiro sentido que tem a vida.

"Estamos salvos! É Natal!"
Talvez a salvação tivesse que ser repensada!

adorei o texto!
:)

 
On 11 de dezembro de 2009 às 10:14 , Mateus disse...

E ele pensando "queria tanto o natal..."

 
On 15 de dezembro de 2009 às 16:20 , restos: disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
 
On 15 de dezembro de 2009 às 16:23 , restos: disse...

__

e ele morrendo deixando um excelente natal

rou rou rou

e eu que já sempre odiei natais