De maneira alguma se considerava qualquer tipo de "devoradora", tudo que queria era, sim, ser triturada entre dentes. Mas, de fato, admitia não conseguir gostar dos homens com que se relacionava. Achava enfadonho ouvir por horas todas as grandes histórias e estórias, contudo as ouvia, uma a uma... Com atenção, delicadamente dedicada ao seu ofício feminino. Sorria sem grandes alardes e mantinha seus comentários no nível da inteligência pouco invasiva. Nunca estava exatamente onde parecia estar, procurava manter se um pouco distante, embora eventualmente se deixasse abraçar.Pensava que todo espaço que era preciso abrir para que um homem entrasse em sua vida era tanto! A sensação era de que se perderia pra ele, como se, de repente, ela tivesse que se dar, deixando uma saudade, um vácuo sem possibilidades de ser alcansado ou preenchido.Era simplesmente impossível dar o que ela brigava pra ter junto de si. O problema era não saber viver sem aquele cheiro. Cheiro de homem... Na cozinha, no quarto, nas toalhas, na barba, nas mãos, percorrendo o corpo dela, lambendo, atravessando feito laiser.Então... Ouvia cada história, uma a uma... De cada homem... Fielmente.
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1 comentários:
é o preço que se tem que pagar.