Eles já haviam se visto em algumas festas. Para o rapaz, eram encontros fortíssimos, ele acompanhava o movimento erótico de seus quadris, enquanto ela andava distraída entre as taças. Ela, indiferente. Sempre muitas pessoas entre os dois e ela quase em todas as ocasiões com seu batom cor de cereja, seus olhos pesados e seu marido perfeitamente ao lado.
- Querida, deixa eu te apresentar. Esse é o Alfredo, é um grande amigo do baralho.
Alfredo salivava de desejo, pensando que a tocaria. Feito um carnívoro faminto.
- Boa noite, como vai a senhora?
Ela o olhou de cima com seu famigerado e delicioso batom cereja acompanhado de um vestido perfeitamente adaptado às curvas que desenhavam o corpo dela.
- Vou muito bem... - e deu as costas derramando uma ferina indiferença, tipicamente dela.
Antes que se sentisse humilhado ou frustrado, percebeu que por sobre os ombros magros escapara um olhar cortante, direto, forte e quase suplicante. O autêntico olhar da mulher que exige ser tomada.
Depois de ocupar seus preciosos minutos ouvindo Edson repetir e repetir histórias de bar e jogatina, Alfredo deu a volta no salão, pegou discreta e aflitamente um copo de uísque e se aproximou. Era a hora da caça.
- Belíssima...
- Desculpe?! - ela se voltou irritada.
- A senhora... Belíssima.
- Você não tem vergonha?!
- Nenhuma...
Dali a meia hora, amavam se loucamente na cama dos anfitriões... Sem marcas, sem testemunhas, sem crime.
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1 comentários:
senti
um
louco vento
e
alento .
ahhhhh.. [com prazer].
.ivna.